
Entre as causas diagnosticadas como fontes de stress infantil mais recorrentes encontramos os lutos/perdas familiares (morte, divórcio…); a mudança de escola ou residência; a violência doméstica ou a existência de conflitos entre os familiares mais próximos; o consumo de substâncias tóxicas ou alcoolismo nos pais ou prestadores de cuidados; a existência de exigências exageradas relativamente ao desempenho escolar; o nascimento de um irmão e as doenças e hospitalizações.
Normalmente esta perturbação tende a surgir no início da idade escolar (por volta dos 5,6 anos) e, embora se possa manifestar de forma diferente de criança para criança, existe um conjunto de sinais que nos permitem identificar algum nível de desconforto na criança. A nível comportamental, tendem a surgir manifestações como: pesadelos, ansiedade e medo excessivo, choro frequente, agressividade e desobediência, hiperactividade e instabilidade emocional. Estes sintomas são frequentemente acompanhados por alterações físicas como: Diarreias frequentes, enurese nocturna (fazer xixi na cama); dores de cabeça e/ou de barriga; tensão muscular; falta de apetite, tiques nervosos; roer as unhas e náuseas.
Tal como nos adultos, esta patologia tende a agravar outros quadros já existentes como alergias, asma, obesidade, etc. uma vez que o stress tem efeito directo sobre o sistema imunitário do individuo.
A criança que apresenta sintomas de perturbação de stress deverá ser avaliada pois, esta perturbação, para além do sofrimento que causa por si só, poderá estar aliada a outras complicações como a Depressão Infantil, baixa auto-estima e/ou perturbações de adaptação.